Pesquisa estima 50 mil com coronavírus em Teresina: ‘é preciso repensar abrir o comércio’, diz prefeito
Na etapa anterior da pesquisa, foi detectado o número de 32 mil pessoas infectadas pelo coronavírus e, agora, 50 mil. Crescimento preocupa.
Por Maria Romero, G1 PI
A sexta etapa da pesquisa sorológica realizada em Teresina para detecção do coronavírus na população estima que a capital tem cerca de 50 mil infectados. Diante do número, o prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), disse que é preciso repensar a possibilidade de reabrir o comércio. A prefeitura havia apresentado uma proposta que deve agora ser repensada ou reformulada.
Segundo prefeito, a pesquisa mostrou que o crescimento no número de infectados continua de forma acelerada, ou seja, não tem mostrado indícios de redução ou estabilização. Na quinta etapa, a estimativa era de 32 mil infectados. O número subiu para 49.991 mil em uma semana.
“Vemos que ainda vamos chegar ao pico, a curva epidemiológica continua subindo de forma exponencial, é preciso, diante disso, repensar a abertura da economia”, disse o prefeito.
O prefeito informou que um dos indicadores levados em conta pela prefeitura é o R0. Esse dado indica para quantas pessoas uma pessoa infectada ainda pode transmitir o vírus. O ideal é que esse número seja menor que 1 e em Teresina o índice está em 1,8.
75% dos leitos de UTI ocupados
O prefeito destacou que a grande preocupação e um dos dados mais importantes a serem observados é a quantidade de leitos de UTI disponíveis. Com 75% dos leitos da capital ocupados, há apenas 18 leitos disponíveis na rede pública e 29 na rede privada.
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Leito de UTI em Teresina — Foto: Divulgação/Sesapi
“Vemos que temos escassez de leitos de UTI no setor público e por isso não temos ainda condições de abrir o comércio. Temos que observar os dados para abrir a economia de forma segura e não colocar em risco a população, para não ter outra onda do vírus ou intensificar a doença pela abertura irresponsável do comércio. Tivemos 17 óbitos pela Covid-19 nos últimos dois dias, não podemos ignorar isso”, disse.
Ele destacou que há três frentes de trabalho na tentativa de ampliar o número de leitos em 130 nas próximas semanas. Esse incremento depende, em grande parte, da chegada de respiradores comprados do exterior.
