Servidores federais aprovam paralisação em janeiro por reajuste salarial
Representantes do funcionalismo também discutiram em reunião nesta quarta-feira a possibilidade de greve para fevereiro
Para pressionar o governo federal a conceder reajuste salarial generalizado, representantes dos servidores federais decidiram nesta quarta-feira, 29, que poderão fazer paralisações em janeiro.
A mobilização ganhou força após o presidente Jair Bolsonaro priorizar a destinação de R$ 1,7 bilhão para reajuste apenas de policiais federais em 2022.
Em reunião, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) também não descartou uma greve geral, sem prazo para terminar, a partir de fevereiro.
A entidade congrega 37 entidades associativas e sindicais, representando cerca de 200 mil servidores públicos, incluindo diplomatas, analistas do Tesouro Nacional, auditores do Trabalho e peritos, entre outros.
Em comunicado, o Fonacate afirmou que a maioria dos servidores federais está com remuneração congelada desde 2017, acumulando, de lá para cá, perdas de 27,2%, levando-se em conta o IPCA, índice oficial.
Segundo o documento, nas duas primeiras semanas de janeiro a entidade irá cumprir “formalidades visando à deflagração de paralisação ou greve”.
Na prática, a agenda vai consistir em levar demandas aos órgãos competentes e “demonstrar que foram frustradas as tentativas de negociação”.
Convocações e realizações de assembleias de cada categoria entre os dias 10 e 14 de janeiro também estão previstas para esse período.
O fórum prevê paralisação de um dia, em 18 de janeiro. Se mesmo assim o governo não ceder, eles podem ficar de braços cruzados por dias: 25 e 26 de janeiro.
Algumas categorias já estudam acionar a Justiça para conseguir um reajuste semelhante ao que deve ser concedido a policiais.
Nos últimos dias, auditores fiscais da Receita Federal entregaram cargos de chefia após o Congresso aprovar previsão de reajuste para policiais federais no Orçamento de 2022.
O sindicato dos auditores estima que 738 profissionais em postos de chefia já abriram mão de cargos comissionados em protesto, ou seja, 93% dos chefes de unidade do país.
Por Revista Oeste
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