Sobe para 1.600 o número de pessoas desabrigadas em Teresina devido às chuvas

Das 452 famílias atingidas pelas chuvas na capital, 50 estão nas escolas cedidas pela prefeitura e 402 em casas de familiares e amigos.

O secretário municipal de Defesa Civil de Teresina, Carlos Ribeiro, informou ao g1 neste sábado (8) que subiu para 452 o número de famílias desabrigadas devido às chuvas. Ao todo, 1.600 pessoas tiveram suas casas atingidas por alagamentos. Até sexta-feira (7), eram 424 famílias desabrigadas, contabilizando 1.300 moradores afetados pelos temporais.

Das 452 famílias desabrigadas, 402 estão em casas de familiares ou amigos e estão recebendo um aluguel solidário para ajudar nas despesas, no valor de R$ 300. As outras 50 estão nas escolas cedidas pela prefeitura, Dilson Fernandes (Vila Apolônia), Iolanda Raulino (Poti Velho) e Domingos Afonso Mafrense (Mafrense). Todas estão recebendo cestas básicas.

A Zona Norte continua sendo a região mais afetada. Segundo o secretário, 90% das famílias desabrigadas residiam nesta área da cidade.

Desabrigados estão em escolas cedidas pela prefeitura — Foto: Andrê Nascimento/g1

Desabrigados estão em escolas cedidas pela prefeitura — Foto: Andrê Nascimento/g1

De acordo com o gerente da Defesa Civil de Teresina, Marcos Rolf, a prioridade do poder público, neste momento, é retirar as famílias de regiões que correm risco de inundação por causa do aumento do nível do rio Parnaíba.

“A nossa preocupação, que é uma recomendação do prefeito Dr. Pessoa e do secretário Carlos Ribeiro, é que a gente continue visitando essas famílias. O que pode acontecer agora é a inundação. Os alagamentos são causados pelas chuvas e as inundações são provocadas pelo rio, que está subindo lentamente, mas continua subindo. No início da semana tinha 455 metros cúbicos por segundo e, agora, já está acima de 2.000 metros cúbicos por segundo. Então, se essa cota que já está no alerta, atingir 2.600 metros cúbicos, a situação pode complicar”, explicou.

O assentamento Lindalma Soares, na Zona Norte de Teresina, é, atualmente, a região que corre mais risco de inundação. “Quando o Rio Poti receber um volume maior de água, ele é represado pelo Rio Parnaíba, consequentemente, essa água retornará e alagará aquela região”, afirmou Marcos Rolf.

Rio Parnaíba, em Teresina — Foto: Marcos Teixeira/TV Clube

Rio Parnaíba, em Teresina — Foto: Marcos Teixeira/TV Clube

Contudo, neste sábado (8), segundo o boletim do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o Rio Parnaíba reduziu seu nível na capital. A cota atual do rio Poti, medida na estação Fazenda Cantinho, Zona Rural de Teresina, é de 4,38 m, devendo reduzir o nível nas próximas 10 horas para valores em torno de 4,06 m, e mantendo-se em situação de normalidade.

Por G1 PI

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