Teresina: Acompanhante de paciente que teve dedos mutilados em cadeira no HGV passa por cirurgia e recebe alta

A doméstica queria que fosse feito um implante nos seus dedos, mas a equipe médica que a atendeu no HUT informou que não seria possível.

• “Cheguei lá com as minhas pontas dos dedos. Eles, na minha frente, jogaram no lixo como se fosse uma coisa qualquer, disseram que não faziam implante. Isso me doeu tanto, eu não sei nem descrever o quanto que o meu emocional está destruído. Eu não consigo olhar ainda nem para os meus dedos”, desabafou.

Em comunicado, o HGV informou que a cadeira em que aconteceu o acidente não apresenta defeito (leia a nota completa ao fim da reportagem). Além disso, a unidade alegou ao g1 que possui ortopedista, mas não em serviço de urgência, pois se trata de um hospital de alta complexidade para cirurgias eletivas.

Na terça-feira (4), Delma irá voltar para Elesbão Veloso, município onde reside. Ela deve retornar para Teresina em 15 dias para ser consultada por um ortopedista.

“As pessoas tratam as pessoas humildes como se fossem nada. Eu tenho certeza que se fosse uma pessoa condição, elas não iam sentar lá não. Deixa para os pobres sentarem naquelas cadeiras quebradas”, declarou a mulher.

A direção do Hospital Getúlio Vargas (HGV) informa que o caso da acompanhante que mutilou parte dos dedos na poltrona de repouso, foi um acidente.

Segundo o Serviço Social do HGV, logo que aconteceu o fato, a acompanhante foi prontamente socorrida, o SAMU acionado e transferida para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) para continuar o atendimento necessário para o caso.

A plantonista da Clínica Médica registrou no relatório de Atendimento o ocorrido e o Serviço Social do HGV confirmou o acidente. O fato aconteceu na madrugada de domingo (2) na Clínica Médica.

Segundo o relatório da plantonista, a acompanhante foi juntar duas poltronas com a intenção de melhorar o conforto e ao acionar o suporte dos pés, a cadeira desequilibrou e aconteceu o acidente.