Único piauiense em Tóquio, Luís Carlos revela preocupações com a falta de calendário

O maior evento esportivo do mundo acontece neste ano. As olímpiadas de Tóquio 2020, adiadas para 2021 devido a pandemia de coronavírus. O evento começa no dia 23 de julho e se encerra no dia 8 de agosto. Depois disso, iniciam as paralímpiadas a partir do dia 24 de agosto até 5 de setembro, que segundo o COI (Comitê Olímpico Internacional) irá acontecer sim, mas em torno do evento paralímpico giram inúmeras dificuldades e incertezas.

Isso porque diferente das modalidades olímpicas o calendário dos paratletas segue praticamente parado neste primeiro semestre de 2021 e a maior justificativa é o risco que eles correm. É importante lembrar que alguns atletas fazem parte do grupo de risco da covid-19. Os mais suscetíveis a complicações são os lesionados medulares, pessoas com enfermidades neurológicas e/ou pulmonares, paralisados cerebrais e imunossuprimidos (com menor eficiência no sistema imunológico).

O único representante do estado do Piauí confirmado nos Jogos é o canoísta Luís Carlos Cardoso, que irá disputar na capital do Japão sua segunda paralímpiada, pois esteve no Rio de Janeiro 2016 (4º lugar) e conta que o cenário preocupa. “Que prejudica, prejudica né? Se não tem campeonato para a gente, pois as competições são nossas bases, vamos batendo metas e até mesmo sentindo melhor a questão do desempenho, enfim, é necessário a questão das competições, mas neste caso está sendo preciso pensar no plano B e se adaptar ao novo”, explicou Luís Carlos Cardoso.

As paralímpiadas envolvem 22 modalidades e 14 delas já tem seus representantes definidos. Na paracanogem quase todas as provas estão definidas, mas para o canoísta piauiense é preciso acontecer mais uma competição, pois Luís Carlos está classificado para os Jogos de Tóquio na categoria canoa, na categoria caiaque a vaga segue em aberto e Luís busca ser o nome do país nas duas provas. A expectativa é que a Copa do Mundo prevista para maio, na Hungria, defina o representante.

Neste começo de ano a competição que estava no calendário era a Copa do Brasil de canoagem, programada para o mês de março, mas devido aos números da pandemia que seguem aumentando a prova foi adiada e segue sem previsão de data.

A realidade da canoagem em pouco se difere das muitas outras modalidades no país, que tem atletas olímpicos, mas que no momento buscam se adaptar para não entrar em destreinamento (perda e força e atrofiar músculos).

No dia 13 de janeiro o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) comunicou aos clubes e entidades a suspensão do calendário regional e nacional até junho de 2021 para quatro modalidades: atletismo, halterofilismo, natação e tiro esportivo. O local principal para treinamentos dos atletas, CT Paralímpico em São Paulo, está fechado para público em geral desde março do ano passado e atualmente somente cerca de 50 atletas treinam seguindo os protocolos de segurança da entidade.

A Paralímpiada terá disputas em 22 modalidades e deve envolver cerca de 4,4 mil pessoas entre atletas, comissão e funcionários em geral.

Por Cidade Verde

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