Usinas de energia Solar e Eólica no Nordeste perdem espaço de mercado para outras regiões

Acontece que o retorno para quem gera energia solar na modalidade de GD tem sido muito mais atrativo

Sol à pino e bons ventos no Nordeste, mas por lá o clima anda nebuloso para os negócios voltados às usinas de energia solar fotovoltaica e eólicas centralizadas. Empresas que investiram na região têm perdido mercado cada dia mais para as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste do País, especialmente, onde a fonte solar tem crescido exponencialmente, mas na modalidade de Geração Distribuída (GD), que é subsidiada por meio das tarifas de energia elétrica de todos os consumidores (residenciais, comerciais e industriais).

Acontece que o retorno para quem gera energia solar na modalidade de GD tem sido muito mais atrativo, em função dos subsídios, os quais as usinas solares e eólicas centralizadas não recebem. Um desequilíbrio regulatório que tem gerado distorções de mercado e concorrência desleal. Embora o custo do megawhat/hora apresentado pelas usinas solares e eólicas centralizadas tenha sido o mais baixo dentre todas as fontes de energia elétrica nos últimos leilões regulados pela Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL (chegando ao valor médio de R$ 84,39/MWh), o preço da energia solar na Geração Distribuída tem saído para o consumidor a mais cara, em comparação com todas as demais fontes (chegando ao custo médio de R$600 por MWh).

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O mercado de energia solar e eólica centralizada no Brasil se concentra, majoritariamente, na região Nordeste, onde estão 88% destas usinas, sendo que a contratação média nos leilões desde 2010 tem sido de 2.000 MW por ano. Ao passo que 76% da energia solar na modalidade de GD está nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Ocorre que, com a ampliação da injeção de mais energia solar distribuída ao sistema, o mercado regulado vem reduzindo a aquisição da energia ofertada pelas usinas de fontes intermitentes (solar e eólica). Com o forte crescimento da GD, aliado à a desaceleração da economia, o resultado é que não houve nenhuma contratação de energia solar ou eólica nos leilões em 2020 e 2021.

 

Fonte: REPENSEOSUBSIDIO.COM.BR

 

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