Caminhoneiros e transportadores de combustíveis iniciam greve
Paralisação ocorre em virtude do aumento no preço do diesel
Caminhoneiros e transportadores de combustíveis paralisaram as operações nesta sexta-feira, 11, em virtude do reajuste no preço da gasolina e do diesel. Em nota divulgada na quinta-feira 10, os profissionais disseram que os aumentos praticamente inviabilizam o frete.
A orientação para quem estiver transportando cargas é clara: concluir as entregas e voltar para as bases. As viagens só voltarão a ser realizadas quando as condições financeiras forem restabelecidas.
Segundo Marlon Maués, assessor da presidência da Confederação Nacional de Transportadores Autônomos (CNTA), a mudança dificultou o trabalho dos caminhoneiros. “O aumento fez com que o sistema entrasse em colapso”, afirmou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
Depois de 57 dias sem aumento no preço dos combustíveis, a Petrobras anunciou um reajuste de 25% do diesel e de 19% da gasolina vendida às distribuidoras. A estatal vinha segurando a alta no preço internacional do barril de petróleo, mas a invasão da Ucrânia pela Rússia tornou a situação mais delicada. Por isso, a petrolífera optou pelo reajuste.
Os impactos da guerra
Adriano Pires, um dos maiores especialistas em energia no Brasil e atual diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, argumenta que não seria adequado diminuir artificialmente o preço dos combustíveis. “A Petrobras já deveria ter aumentado o preço da gasolina, do diesel e do botijão de gás”, afirmou, em entrevista concedida a Oeste. “Não podemos cair na tentação de voltar a interferir nos preços da Petrobras, endividando a empresa e afastando investidores. Se o governo brasileiro avalia que não dá para transferir a volatilidade dos preços com rapidez, então, compete ao Poder Executivo delinear políticas de assistência à população.”
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Por Revista Oeste
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