Civis ucranianos impedem chegada de Exército Russo à usina nuclear

Os cidadãos bloquearam o acesso à cidade para impedir a invasão dos militares

Moradores e funcionários estão impedindo o Exército Russo de tomar a Usina Nuclear Zaporizhzhia, localizada a cerca de 700 quilômetros de Kiev, capital da Ucrânia. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 2, pelo Parlamento Ucraniano.

“Moradores e funcionários da Usina Nuclear Zaporizhzhia não deixam os invasores entrarem na cidade”, diz a mensagem com um vídeo no perfil do Parlamento no Twitter. “As pessoas da Ucrânia estão defendendo a segurança nuclear da Europa mesmo com as próprias mãos.”

Ucranianos contra o Exército Russo
Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 2, indica que 80% dos ucranianos estão dispostos a defender o território do país com armas. Em 2020, antes da invasão russa, esse número ficava em 20%.

De acordo com a Ukrinform, agência de notícias da Ucrânia, o estudo mostrou que “90% dos homens e 70% das mulheres estão prontos para lutar pela Ucrânia com armas”. Os maiores níveis de cidadãos dispostos ao combate estão nas regiões Oeste e Centro do país. Os números são “ligeiramente mais baixos” no Sul (quase 80%) e no Leste (perto de 60%).

Invasão russa
A população ucraniana resiste à invasão iniciada pela Rússia em 24 de fevereiro. No dia seguinte, o Exército Russo cercou a capital, Kiev. Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia se mantém no país, mesmo com o conselho dos Estados Unidos para partir. Ele respondeu aos norte-americanos que não precisava de “carona”, mas sim de “armas”.

As imagens da agressão mostram alvos civis sendo atingidos pelas Forças Armadas da Rússia desde o primeiro dia de conflito. No sábado 26, o governo ucraniano divulgou que quase 200 civis já haviam sido mortos, sendo três crianças.

A escalada de violência levou o presidente ucraniano a anunciar no domingo 29 que abriria uma denúncia contra a Rússia no Tribunal de Haia. Na terça-feira 1º, Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu, afirmou que a União Europeia deve dar apoio total à demanda da Ucrânia na Corte.

Artur Piva/Revista Oeste

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