Coronel da PM-PI é exonerado após dizer que bandido deve ‘descer às cordas’

“Por covardia foram até o governador ‘fazer minha cabeça’”, desabafou o Coronel Edvaldo Viana.

O Coronel Edvaldo Viana foi exonerado do cargo de Comandante do 4° Batalhão da Polícia Militar, localizado em Picos, no Sul do Piauí. A informação foi divulgada pelo próprio oficial, nesta terça-feira (7).

“Fui exonerado da função não pelo querido Comandante Geral, mas por forças políticas, por covardia. Foram até o governador ‘fazer minha cabeça’. Porque eu fiz um manifesto, dizendo que ‘bandido quando, em confronto com a Polícia, tem que descer às cordas’, e isso causou uma grande polêmica.

No áudio de hoje (7), o Coronel Edvaldo Viana afirmou ainda que foi convidado para um grande comando em Teresina, mas recusou o convite. O oficial pretende tirar licença, seguida de férias. A posse do novo Comandante de Picos acontecerá na sexta-feira (10).

Entenda o caso

Na semana passada, um áudio foi divulgado, através das redes sociais, em que o Coronel Viana afirma que “bandido tem que descer às cordas”, em referência aos criminosos que mataram o empresário Edilson Oliveira, de 59 anos, em uma granja, em Picos. Ele foi morto a tiros, dentro do estabelecimento comercial. O crime causou grande revolta nos cidadãos da cidade.

Em entrevista à TV Meio Norte, Coronel Viana frisou a primeira fala, com a seguinte defesa: “eu não tenho essa questão de demagogia não. A bandidagem em Picos é covarde, só levanta arma para cidadão. Eu quero que levante para Polícia porque se levantar, ‘desce às cordas’. Não tem essa não, eu não estou fazendo julgo por um crime. Eu estou falando a verdade. Lá já ‘desceram muitos a corda’ em combate com policial meu. Outra coisa, nós não temos medo de ameaça. Se nós tivéssemos medo de ameaça, eu entregaria minha farda. Tem uma ‘bandidagenzinha’ lá, traficante, ameaçando os nossos policiais, só digo uma coisa: quando eu digo que temos 2.400 homens é porque cada homem meu vale por dez. Se matar um policial meu, morre dez bandidos”.

 

Fonte: Cidadeverde

 

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