Depois da aprovação do arcabouço, Haddad dá sinais de que a reforma tributária é a ‘próxima tarefa’

Ontem, a Câmara dos Deputados aprovou a regra fiscal com 372 votos

Depois que a Câmara dos Deputados aprovou com 372 votos o texto-base do arcabouço fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a aprovação da reforma tributária é o próximo passo.

“Foi um placar expressivo”, explicou Haddad a jornalistas nesta quarta-feira, 24. “A Câmara deixou claro que busca um entendimento para melhorar o Brasil. Isso nos dá muita confiança de que a reforma tributária é a próxima tarefa a cumprir.”

Na terça-feira 23, o ministro se reuniu com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para discutir os últimos detalhes do texto final do arcabouço fiscal.

No encontro, segundo Haddad, Lira deixou claro que pretende votar a reforma tributária na Casa ainda no primeiro semestre deste ano.

“Vamos trabalhar intensamente com o relator da reforma, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e colocar toda a equipe à disposição dele”, explicou o chefe da Fazenda. “Estou confiante de que as duas reformas vão nos colocar em outro patamar de crescimento potencial.”

Haddad ainda deu sinais de que, a partir do segundo semestre de 2023, o governo vai apresentar outras reformas. Entre elas estão as mudanças de crédito, no mercado de capitais e de seguros.

“Ontem, notamos que um bom projeto pode angariar o apoio expressivo dos parlamentares”, declarou Haddad, ao elogiar novamente os 372 votos. “Com bom senso, diálogo e disposição é possível.”

Psol contra o arcabouço fiscal

O PL, maior partido da oposição, liberou a bancada na votação da regra fiscal. Já o Psol, de extrema esquerda e base de governo, orientou voto contrário à proposta.

Na ocasião, o líder do partido, deputado Tarcísio Motta (RJ), chamou a proposta de “calabouço fiscal”. Os parlamentares do partido disseram que o ato foi feito para cuidar da base do governo no Congresso.

“É natural que o Psol ou que deputados históricos se manifestem contra alguns projetos”, reconheceu Haddad. “O desenho da regra fiscal foi elogiado por todo mundo, mas houve debate sobre os parâmetros. Isso é natural. Não é fácil conseguir um placar desse. Isso significa que o relator fez um grande esforço de encontrar um ponto de equilíbrio e isso acaba desagradando a algumas pessoas.”

Por fim, o ministro ainda comemorou o fato de a oposição ficar “isolada” na votação. “O texto não agradou a setores da extrema direita, que ficou isolada”, disse. “Isso é bom, pois conseguimos compor com um centro democrático. Temos muita coisa para votar no Congresso até o fim do ano. O ano de 2023 é para arrumar o Estado brasileiro.”

Fonte: Revista Oeste

 

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