Desembargador mantém prisão de ex-PM acusado de tentar matar mulher e matar radiologista

O desembargador Erivan Lopes, da 2ª Câmara Especializada Criminal, em decisão do dia 4 de maio, negou pedido de Habeas Corpus e manteve a prisão do ex-policial militar Max Kellysson Marques Marreiros que é acusado de tentativa de homicídio contra uma mulher no dia 28 de agosto de 2022. Ele ainda responde na Justiça pelo assassinato do radiologista Rudson Vieira Batista da Silva em um bar na zona norte da capital, no ano de 2019.

Max Kellysson foi preso no dia 18 de agosto de 2022 em um supermercado após ele agredir uma mulher de 52 anos que tentou ajudar uma jovem que seria namorada do acusado após perceber que estava ocorrendo uma briga bastante acalorada entre os dois em um condomínio. Segundo a denúncia, ele não gostou da atitude da mulher, arrombou a porta da residência, e agrediu ela, além de ter feito ameaças.

Ele foi denunciado pelo crime de tentativa de homicídio, injúria e dano e foi pronunciado para ser julgado pelo Tribunal do Júri. A defesa dele ingressou com um pedido de Habeas Corpus, afirmando que foi mantida a prisão de Max Kellysson sem apresentação de fundamentação idônea, e que o acusado é tecnicamente primário e possui residência fixa.

Foto: Reprodução redes sociais

Max Kellysson

Na decisão, o desembargador Erivan Lopes negou o pedido de Habeas Corpus e destacou que além desse crime contra a mulher, ele ainda responde por um homicídio.

“A sentença de pronúncia ratificou os fundamentos invocados na decretação da prisão preventiva. O primeiro deles foi a gravidade concreta da conduta, evidenciada pelo modus operandi empregado na execução, porquanto o paciente, em tese, invadiu a residência da vítima e tentou matá-la, somente não fazendo por interferência de um vizinho, tendo esta sofrido agressões/lesões, além de terem sido causados danos em seu apartamento. O segundo foi a recalcitrância delitiva do acusado, tendo em vista que possui outro registro criminal por crime da mesma espécie. Tais razões, justificam a manutenção da segregação preventiva como forma de garantia da ordem pública”, destacou.

Crime contra radiologista

O crime ocorreu no dia 2 de dezembro de 2019, na Avenida Duque de Caxias. Segundo denúncia apresentada pelo Ministério Público, Rudson Vieira encontrava-se em companhia de amigos no bar quando Max Kellysson, que até então era um policial militar, estava importunando as mulheres presentes no local oferecendo, insistentemente, bebida para elas. Rudson teria se incomodado e pedido para que Max parasse com o comportamento.

A denúncia afirma que ele não gostou da repreensão e então realizou um disparo de ama de fogo contra o radiologista Rudson. A vítima chegou a ser internada, mas morreu cinco dias após o crime.

Foto: Arquivo Pessoal

Rudson Vieira

Fonte: Bárbara Rodrigues/Cidade Verde

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