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Em reportagem Folha de São Paulo diz que Betânia do Piauí é “refém do carro-pipa”

São os velhos vícios dos políticos do Piaui: mantém o quadro para faturar financeira e eleitoralmente

Ne edição impressa de sábado do jornal Folha de S Paulo, a cidade de Betânia do Piauí, situada a 516 km ao Sul de Teresina, no semiárido piauiense, é citada como “refém do carro-pipa”, em reportagem assinada por João Pedro Pitombo e Mathilde Missioneiro. Para os dois jornalistas, “o município é uma espécie de oásis às avessas.”

Foto: Reprodução/ Prefeitura de Betânia
Betânia do Piauí

Betânia do Piauí

“Encravada em uma das regiões mais carentes do semiárido, a cidade é uma das poucas do estado que não possuem água encanada nem na zona urbana. Seus 6.200 habitantes são reféns dos caminhões-pipa, que abastecem as casas com água sem tratamento”.

Segundo a Folha de S. Paulo, tanta insegurança hídrica não foi o bastante para que a cidade fosse favorecida por doações de reservatórios de água de organismos do governo federal como  Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas) e Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba).

Essa situação afeta diretamente pessoas como a agricultora, Maria José dos Remédios, de47 anos, moradora da comunidade quilombola do Baixão, zona rural do município.

Maria cuida de bananeiras que não tem certeza se vão frutificar, porque vive sem água. A cisterna que ela construiu com recursos próprios estava vazia há 22 dias na terceira semana de setembro. A esperança é que um carro-pipa do Exército fosse encher o reservatório, mas isso ocorreria apenas neste mês.

Sem ajuda de um carro-pipa, Maria dos Remédios e o marido dependem de uma logística complexa: vão até um tanque, enchem os tonéis de água e levam para casa em uma carroça puxada por um burro, diz a reportagem.

A situação da agricultora pode decorrer do fato de que o orçamento da prefeitura não é grande o bastante para dar conta de atender às demandas por água dos moradores.

A prefeitura tem somente dois caminhões-pipa –um próprio e um alugado– para abastecer as casas da cidade, o que faz surgir filas pela espera da água toda semana.

Na zona rural de Betânia, 12 caminhões do Exército levam água para as comunidades.

Mas quem não pode esperar tem que pagar por um caminhão de água –a prefeitura estima que 40 veículos particulares fazem esse trabalho. O preço para encher uma cisterna pode variar entre R$ 70 e R$ 130, a depender da distância da localidade.

Fonte: Com informações da Folha de São Paulo

Via Portal AZ


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