Em viagem à Argentina, Lula defende criação de moeda comum

Em viagem à Argentina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou, nesta segunda-feira, 23, que há o interesse na criação de uma moeda comum para os membros do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e do Brics, bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

“O que estamos tentando trabalhar agora é que os nossos ministros da Fazenda, cada um com sua equipe econômica, possam nos fazer uma proposta de comércio exterior e transações entre os dois países, feito em uma moeda comum, a ser construída depois de muito debate e de muitas reuniões”, afirmou Lula.

Em recente declaração sobre o tema, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou a possibilidade de criar uma moeda comum e irritou-se com jornalistas ao ser interpelado. “Não existe moeda única e não existe essa proposta”, garantiu, na ocasião.

Lula disse também que o comércio internacional sempre deve ser feito nas moedas dos países envolvidos na negociação, para diminuir a necessidade do dólar. “Se dependesse de mim, a gente teria comércio exterior sempre nas moedas dos outros países”, declarou.

Para diminuir a dependência do dólar, o presidente sugeriu a criação da moeda comum para os países do Mercosul e do Brics. “Por que não tentar criar uma moeda comum entre os países do Mercosul?”, perguntou. “Por que não tentar criar uma moeda comum entre os países do Brics? Acho que, com o tempo, isso vai acontecer e é necessário que aconteça. Muitas vezes, os países têm dificuldade de adquirir o dólar. E você pode fazer acordos, estabelecer um tipo de moeda para o comércio.”

Viagem à Argentina

Na sua primeira viagem internacional oficial, Lula programou encontros com antigos aliados de esquerda da América Latina. Ele desembarcou na Argentina no domingo 22 e deve ficar no país até terça-feira 24. No dia seguinte, cumprirá agendas no Uruguai. Lula deverá ter, ao todo, cinco reuniões bilaterais.

Amanhã, o presidente vai participar da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Lá, deve formalizar a volta do Brasil ao bloco.

Fonte: Revista Oeste

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