Empresas de ônibus aceitam proposta da prefeitura de parcelamento de dívida do transporte público em Teresina

O débito, referente a um subsídio que seria pago pela prefeitura durante a pandemia, soma cerca de R$ 20 milhões. A Prefeitura de Teresina que não foi informada sobre a decisão do Setut.

Por Andrê Nascimento, G1 PI

O Sindicato das Empresas do Transporte Urbano de Teresina (Setut) informou, em coletiva de impressa nesta sexta-feira, que decidiu aceitar a proposta da prefeitura de parcelar o débito que ela tem com as empresas, em uma entrada e 20 parcelas.

Procurado pelo TV Clube, o secretário de finanças e vice-prefeito Robert Rios (DEM) afirmou que o pagamento da primeira parcela do acordo, no valor de R$ 1,6 milhões, só será feito após o fim da greve, e que não havia sido informado sobre a decisão do Setut.

O débito, referente a um subsídio pago pela prefeitura para manter o valor da tarifa estipulada pelo poder público municipal, soma cerca de R$ 20 milhões.

Conforme as empresas de ônibus, a prefeitura de Teresina teria deixado de pagar esse subsídio por dez meses.

O vice-presidente do Setut, Marcelino Lopes, afirmou que a primeira preocupação do sindicato é pagar os salários atrasados dos trabalhadores quando a primeira parcela for paga pela prefeitura.

“Pagando os salários atrasados, voltamos a uma situação de normalidade com os colaboradores”, disse Marcelino.

Segundo vice-presidente do Setut, o subsídio foi destinado às empresas do setor por conta da queda na demanda de passageiros, e consequentemente de receita, que o sistema de transporte sofreu por conta da pandemia de coronavírus.

O Setut afirmou que, atualmente, o número de passageiros é 75% menor do que antes da pandemia. Em 2020, o número de passageiros chegou a 5% do que havia em tempos normais.

Parcelamento

Segundo Marcelino, o débito da prefeitura é de dez parcelas de R$ 2,15 milhões. As empresas decidiram aceitar a seguinte proposta:

  • Entrada de R$ 1,6 milhão;
  • 20 parcelas de R$ 970 mil;

O vice-presidente do Setut disse que o valor de entrada não é suficiente para pagar as folhas de pagamento.

“Mas a gente entende que é um avanço por parte da prefeitura, que dizia que não iria pagar nada. Acho que houve um entendimento de que se deve”, pontuou o gestor.

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