Expedição Voz dos Oceanos: Família Shurmann passa pelo Piauí durante quarta volta ao mundo

A expedição foi iniciada em 2021, em Balneário Camboriú, no estado de Santa Catarina, com o objetivo de passar por cerca de 65 pontos no Brasil e no mundo, até desembarcar na Nova Zelândia em 2023.
Veleiro Voz dos Oceanos — Foto: Divulgação/Voz dos Oceanos

Veleiro Voz dos Oceanos — Foto: Divulgação/Voz dos Oceanos

A expedição Voz dos Oceanos que está sendo realizada pela família Shurmann em um veleiro, está atualmente no município de Luís Correia, Litoral do Piauí. A família está dando a sua quarta volta ao mundo.

A expedição foi iniciada em agosto de 2021, em Balneário Camboriú, no estado de Santa Catarina, com o objetivo de passar por cerca de 65 pontos no Brasil e no mundo, até desembarcar na Nova Zelândia no segundo semestre de 2023. Os membros da expedição chegaram ao Piauí na terça-feira (1º).

Devido à pandemia do novo coronavírus, a tripulação decidiu ampliar o roteiro nacional, por isso a embarcação foi ancorada em Luís Correia. Eles ainda pretendem conhecer o Delta do Parnaíba e a Lagoa do Portinho, além de conferir eventuais impactos do plástico na região e conhecer projetos importantes para a preservação socioambiental, como o Bio Patas.

“Decidimos minimizar ainda mais os riscos e transformar esse momento em uma oportunidade de ampliar nosso roteiro nacional, valorizando ainda mais o Nordeste e incluindo o Norte em nossa jornada. Ou seja, o desafio motivou uma adaptação que nos leva a contemplar praticamente toda a costa litorânea do Brasil e estamos muito felizes por conseguir passar pelo Piauí”, afirmou Vilfredo Schurmann.

Essa expedição tem o apoio do programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, onde a família realiza o registro do que eles avistam nos oceanos, principalmente em relação à poluição plástica. Com os dados coletados, eles esperam procurar soluções para a situação. Por onde eles passam, realizam ações e tentam conscientizar a população sobre a situação dos oceanos.

“É muito triste saber que tantos animais morrem diariamente ao ingerirem plástico, incluindo tartarugas, baleias e aves marinhas. Cerca de oito milhões de toneladas de plástico chegam aos oceanos todos os anos. E essa é uma questão que já afeta também a nossa saúde. Por meio da cadeia alimentar, também estamos consumindo micro e nano-plástico. Precisamos mudar de atitude o mais rápido possível”, afirmou a pesquisadora Heloisa Schurmann.
A expedição

A tripulação do veleiro “Kat”, fica no Piauí por quatro dias e depois segue para os estados do Maranhão, Pará e Amapá, que é o último ponto de expedição no Brasil.

Depois eles seguem para lugares como o Caribe, costa atlântica dos Estados Unidos, arquipélago das Bermudas, México, canal do Panamá, Galápagos, Oceano Pacífico Sul, Polinésia e Nova Zelândia, onde a expedição conclui sua missão passando por cerca de 65 lugares nacionais e internacionais em dois anos.

A tripulação é formada por Vilfredo Schurmann, que é o capitão, a sua esposa Heloisa Schurmann, que é a pesquisadora, e o filho deles Wilhelm Schurmann, que atua como Skipper, na condução do barco. Outras quatro pessoas fazem parte da tripulação fixa.

O veleiro também funciona como uma plataforma para cientistas, pesquisadores e ONGs, para a realização de pesquisas in loco pelos mares e ilhas do mundo.

Voltas ao mundo

Em 1984, após 10 anos de planejamento e preparativos, Vilfredo e Heloisa partiram de Santa Catarina, com os filhos Wilhelm, David e Pierre – na época, aos 7, 10 e 15 anos, respectivamente – com o objetivo de dar a volta ao mundo a bordo de um veleiro.

Na primeira expedição eles passaram 10 anos no mar e, ao retornarem, passaram a ser conhecidos como a primeira família brasileira a dar a volta ao mundo a bordo de um veleiro.

De lá para cá, foram, até o momento, três voltas ao mundo conhecidas como: 10 Anos no Mar (1984 – 1994), Magalhães Global (1997 – 2000) e Expedição Oriente (2014 – 2016). Agora, a Família Schurmann está na sua quarta volta ao mundo, iniciada em 2021 e que deve se encerrar no segundo semestre de 2023.

O veleiro “Kat” possui seis cabines, duas salas, uma cozinha e três banheiros. O veleiro faz uso de energia limpa (eólica, hídrica e solar) e conta ainda com geradores de baixo consumo e sistema de tratamento de esgoto.

Por G1 PI

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