Georgiano lidera entre os deputados estaduais do Piauí mais relevantes nas redes sociais; veja os menos influentes

Como era de se esperar, as redes sociais se tornaram o principal canal de comunicação das campanhas eleitorais e divulgação de informações, bem como promoção de propostas. Alguns deputados estaduais usaram com maestria tal ferramenta durante o pleito de 2022 e saíram fortalecidos, com ‘um portal’ de notícias pessoal nas palmas das mãos 24h por dia. Outros, por sua vez, ainda não firmaram base dentro de um universo que é fundamental para quem segue uma vida política nos dias de hoje.

Ter sucesso nas redes sociais significa possuir muitos seguidores e também conseguir uma boa interatividade com esse público, que é o engajamento, que pode ser uma curtida, assistir aos vídeos, comentar uma postagem, respostar algo que gostou, enviar a um amigo. Desta forma, pode-se estar sempre em contato com o público divulgando algo ou mesmo colhendo opiniões que achar importante.

Nesta matéria levamos em consideração o número atual de seguidores dos 30 parlamentares presentes na Assembleia Legislativa do Piauí (ALEPI) até a presente data (15/02). Reforçando que mesmo sem o uso eficiente das redes sociais alguns nomes conseguiram votos suficientes para eleição/reeleição.

Veja os 10 deputados com mais seguidores:

1º Georgiano Neto (MDB) – 44,6 mil seguidores – 109.025 votos;

2º Bárbara do Firmino (PP) – 35.276 mil seguidores – 35.276 votos;

3º Janaina Marques (PT) – 38,1 mil seguidores – 49.692 votos;

4º Wilson Brandão (PP) – 32 mil seguidores – 50.421 votos;

5º Fábio Novo (PT) – 29,3 mil seguidores – 35.510 votos;

6º Marden Meneses (PP) – 27,7 mil seguidores – 37.538 votos;

7º Rubens Vieira (PT) – 21 mil seguidores – 28.835 votos;

8º Dr Thales (PP) – 17 mil seguidores – 57.761 votos;

9º Severo Eulálio (MDB) – 16,2 mil seguidores – 59.133 votos;

10º Ziza Carvalho (MDB) – 15,7 mil seguidores – 17.101 votos (suplente do deputado Dr Pablo Santos);

Veja os 10 deputados com menos seguidores:

1º Fábio Xavier (PT) – 4.025 seguidores – 37.538 votos;

2º Evaldo Gomes (PT) – 4.729 seguidores – 20.920 votos;

3º Hélio Isaias (PT) – 8.306 seguidores – 38.984 votos;

4º Gustavo Neiva (PP) – 8.329 seguidores – 42.258 votos;

5º Nerinho (PT) – 8.630 seguidores – 33.695 votos;

6º Simone Pereira (MDB) – 9.560 seguidores – 27.102 votos (Suplente do deputado Flávio Nogueira Júnior-PT);

7º Gil Carlos (PT) – 9.802 seguidores – 23.805 votos;

8º Henrique Pires (MDB) – 9.829 – 36.407 votos;

9º Gracinha Mão Santa (PP) – 10,1 mil seguidores – 39.919 votos;

10º João Madison (MDB) – 10,7 mil seguidores – 43.832 votos.

Na edição da ‘Revista 180graus: Especial Eleições 2022’, uma das pautas abordadas explica a importância do marketing eleitoral em nível local e nacional durante o pleito de 2022, veja baixo:

REDES SOCIAIS, GRANADAS E TIROS

No quesito distorção, em nível nacional, a campanha de Bolsonaro pautou a agenda fazendo com que Lula, seu principal adversário (por que não dizer inimigo) gastasse muita energia e tempo para responder uma enxurrada de acusações geralmente sem a devida apresentação das provas.

No Piauí, quem se deu mal com as redes sociais foi o ex-prefeito Silvio Mendes em sua campanha ao governo do Estado. Em outros tempos suas recorrentes pisadas na bola na imprensa não teriam os mesmos desdobramentos que alcançaram agora. Ao se referir à jornalista Kátia D´Ângeles como “uma pessoa quase negra na pele, mas inteligente”, ou quando chamou os moradores do quilombo Mimbó de miseráveis, ou ainda quando se irritou com o jornalista da TV Clube Marcos Teixeira, chamando-o de petista, o candidato viu as redes sociais se levantarem contra ele e tudo rapidamente. Fora isso, tentando mostrar que tinha energia e que não era um velho cansado, Dr. Silvio apareceu meio desajeitado fazendo corrida a pé e andando de bicicleta, mas aí veio uma imagem dele fumando um cigarro…

Voltando a Bolsonaro. Este surfa nas redes sociais desde antes de sua primeira campanha a presidente, em 2018. Elegeu-se presidente envenenando os adversários e o processo eleitoral com frases “polêmicas” e suas acusações graves, porém infundadas. Toda a campanha pela reeleição teve o mesmo tom. E tome veneno!

Já na reta final deste segundo turno, Bolsonaro pegou a taça errada e bebeu o próprio veneno. Sua fala sobre comer a carne do índio, ou aquela sobre encontrar as meninas venezuelanas e ter “pintado um clima” fizeram sua mais importante arma se voltar contra ele. Para piorar, ao que parece, o veneno estava concentrado no fundo da taça e ele bebeu tudo no episódio do ataque de seu aliado, o ex-deputado Roberto Jefferson, reagindo com granadas e tiros de fuzil a uma abordagem da Polícia Federal na porta de casa.

Logo após o ataque houve uma articulação do presidente para proteger Roberto Jefferson, isso incluía até o ministro da justiça. Pegou muito mal. As redes se levantaram contra Bolsonaro. “Não tem uma foto (de Jefferson) comigo.” Esta foi a primeira reação do presidente para já tentar se descolar da imagem aliado explosivo. Mas a afirmativa horas depois foi desmascarada nas redes sociais com imagens mostrando a parceria dos dois. Óbvio que o episódio em que o aliado Jefferson começa comparando a ministra do Supremo Tribunal Federal Carmem Lúcia a “prostitutas arrombadas” não poderia terminar de outra maneira. Jefferson atirou nas urnas e acertou o presidente. Desesperado para se livrar do homem-bomba, no final do mesmo dia, atordoado ele e sua equipe, Bolsonaro teve que usar o único adjetivo cabível, naquele momento, a Roberto Jefferson e tascou: bandido.

Voltando ao Piauí, podemos afirmar que as redes ajudaram o jovem candidato Rafael Fonteles que conseguiu colar sua imagem na de Lula, se tornar mais conhecido da população e falar de sua experiência na Secretaria de Fazenda, credenciando-o para ocupar a cadeira de governador do Estado. Na corrida ao senado, a expressiva votação de Joel Rodrigues chegou a assustar o oponente Wellington Dias, que acabou vencendo com uma vantagem não muito confortável. Joel não foi eleito mas, pode-se dizer, saiu vitorioso e as redes sociais o ajudaram muito nesse processo.

A conclusão a que se chega ao final destas eleições é que a direita no Brasil continua surfando na onda das redes sociais, mas ao olhar para o lado esquerdo vê o adversário já surfando na mesma pegada. E haja trabalho para os tribunais eleitorais! Que venham as regras para tornar o ambiente digital menos tóxico e mais propositivo nas campanhas eleitorais.

Fonte: 180graus

 

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