“Já fui estuprada, mas não denunciei por vergonha”, diz filha de Temer

Luciana Temer, filha do ex-presidente e diretora do Instituto Liberta, revelou ter sido estuprada em um assalto em entrevista a apresentadora Angélica na plataforma “Mina”, do UOL. Atualmente com 53 anos, ela contou que o caso aconteceu faz algum tempo.

“Eu tinha 27 anos, havia saído recentemente do cargo de delegada em uma delegacia da mulher. A coisa mais natural do mundo seria registrar a ocorrência, mas não registei. Eu pensava que nunca iriam achar, então para que me expor?”, relatou.

Ela disse se arrepender dessa escolha, pois acredita ser fundamental que os casos sejam registrados. “A violência sexual está permeando a nossa sociedade. Esse é o único crime em que a vítima se constrange em ter sofrido, o que é um absurdo”, afirmou.

Luciana pediu que as pessoas comecem a falar e disse que “a cura começa pela linguagem”. “Enquanto não rompermos o silêncio, essa realidade se manterá”.

A apresentadora Angélica também compartilhou um abuso que sofreu aos 15 anos, em uma viagem à Paris  para divulgar a música “Vou de Táxi”Enquanto era fotografada na rua um grupo de meninos teriam se aproximado dela. “Eu fiquei sem reação. Um deles passou a mão em mim inteira e fiquei petrificada”, revelou pela primeira vez em público, completando que só foi descobrir que se tratava de uma violência depois.

Instituto Libertas lança nova campanha contra violência sexual
Mulher com a mão na frente
Ilustração

O Instituto Libertas, que atua no combate à violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil está lançando uma campanha com a intenção de mudar a forma como o país lida com o assunto: “A sociedade brasileira precisa começar a enxergar esse problema”, diz Luciana.

No Brasil, todos os anos são registrados mais de 500 mil casos de exploração sexual infantil. É o segundo país neste ranking, ficando atrás apenas da Tailândia. A estimativa, porém, é que só 10% dos casos sejam notificados. A maior parte das violências sexuais, 70%, acontecem dentro de casa. Abusos sexuais ocorrem em todas as classes sociais e o maior cúmplice do abuso infantil é o silêncio, segundo a diretora do Instituto Libertas.

DISQUE 100 ao presenciar ou desconfiar de um caso de abuso infantil. O canal de atendimento funciona 24 horas para denúncias de violação dos direitos humanos.

Por IG

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