Justiça solta 26 dos 30 presos na Operação Prodígio; líderes seguem na prisão

Apenas os quatro chefes da organização criminosa tiveram a prisão convertida em preventiva e seguem presos.

A Justiça pôs em liberdade 26 dos 30 presos na Operação Prodígio, após o pedido de prisão temporária ter expirado no último sábado (09). A informação foi confirmada ao Portal O Dia pelo Superintendente de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), Matheus Zanatta. Apenas quatro indiciados – no caso os líderes da organização criminosa – tiveram a prisão convertida em preventiva e seguem presos.

Dentre os que foram mantidos na prisão está Anderson Ranchel Dias de Sousa, acusado de ser o chefe das operações bancárias fraudulentas em instituições financeiras do Piauí e até de outros estados. Além dos outros três líderes – Sávio Márcio, Ilgner de Oliveira Bueno e Handson Ferreira, que também seguirão presos.

Operação havia prendido 30 pessoas no Piauí por cometerem fraudes bancárias. - (Divulgação/Polícia Civil)Divulgação/Polícia Civil

Operação havia prendido 30 pessoas no Piauí por cometerem fraudes bancárias.

Como funcionava o esquema criminoso

O grupo criminoso era formado, em uma parte, por jovens entre 19 e 21 anos. Eles se passavam por médicos e engenheiros para conseguir abrir contas nos bancos utilizando dados pessoais falsos. A organização, segundo o delegado Anchieta Nery, era composta por três núcleos principais: os líderes que operavam o esquema, as pessoas que eram cooptadas para se passar por clientes e abrir as contas nos bancos e o braço financeiro, formado inclusive por empresas fantasmas.

Estas empresas eram usadas para lavar o dinheiro conseguido com o esquema angariar os valores usados para movimentar as contas e aumentar os limites de crédito.

Algumas ações que a quadrilha praticava eram presenciais e outras eram virtuais por meio dos aplicativos dos bancos. Quando o cliente chegava à agência dizendo ser médico ou engenheiro recém-formado e apresentando documentos que comprovavam isso, o banco sentia certa segurança e abria a conta permitindo uma movimentação financeira considerável. As informações que os golpistas davam, no entanto, eram todas falsas. Essas pessoas já iam até as agências na intenção de cometer a fraude

Anchieta NeryDelegado da Polícia Civil
Delegado Anchieta Nery. - (Arquivo / O DIA)Arquivo / O DIA

Delegado Anchieta Nery.

Ao todo, foram identificados e investigados 117 contratos de abertura de contas em bancos no Piauí. A estimativa da polícia é que cada uma delas tenha gerado um prejuízo de até R$ 30 mil às instituições. Em todo o Brasil, a quadrilha fraudou mais de R$ 19 milhões. Aqui no Piauí, esse montante chegou a quase R$ 6 milhões.


Fonte: André dos Santos/Portal O Dia


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