Ossada de menino desaparecido há 30 anos é encontrada

Após 30 anos, o Governo do Estado do Paraná confirmou ter encontrado a ossada de Leandro desaparecido em 1992.

Na tarde desta sexta-feira, 10 de junho, o Governo do Estado do Paraná confirmou que a ossada encontrada e analisada é correspondente ao material genético de Leandro Bossi, desaparecido em 1992 no litoral do Paraná.

A suspeita foi levantada uma vez que os dois meninos, com características físicas semelhantes, desapareceram na mesma cidade e em circunstâncias parecidas.

Evandro Ramos Caetano tinha somente seis anos quando desapareceu no caminho entre sua casa e a escola. Apenas cinco dias depois, um corpo foi localizado em condições extremas em um matagal quando lenhadores passavam pela região.

Após ver o corpo, o pai do menino, Ademir Caetano, afirmou ter reconhecido uma marca de nascença nas costas da criança. Além da marca, as chaves da casa de Evandro foram encontradas perto do corpo.

Prisão dos acusados

Cerca de dois meses após o crime, uma investigação paralela, realizada pelo “tio” de Evandro, apresentou ao Ministério Público do Paraná um dossiê apontando relações entre a morte do menino e rituais de “magia negra”. Entre os acusados estavam o pai de santo Osvaldo Marcineiro e a primeira dama da cidade, Celina Abagge. Acreditava-se que a motivação para o crime teria sido a realização de um “ritual” para “abrir caminhos” na política e conquistar fortuna para a família Abagge.

Durante o processo de investigação, cinco dos acusados confessaram o crime por meio de gravações consideradas suspeitas devido a indícios de edição. Após algum tempo, Celina e sua filha, Beatriz Abagge, também acusada de encomendar o crime, afirmaram terem confessado o sob tortura. As duas mulheres foram condenadas a 21 anos de prisão em 2011.

Recentemente, foram descobertas as versões originais das gravações referentes ao caso. Por causa de seu conteúdo, estes áudios e vídeos podem gerar uma nova investigação.

Leandro foi dado como desaparecido no dia 15 de fevereiro de 1992, aos sete anos de idade, apenas dois meses antes do desaparecimento de Evandro Ramos Caetano, com seis anos na época.

Além da idade em comum, os dois meninos eram moradores de Guaratuba, no litoral paranaense, sendo que Leandro teria sido visto pela última vez durante um show do canto Moraes Moreira enquanto Evandro teria sido visto no caminho para a escola.

Por anos o caso ficou sem resolução até que, em 2020, o Ministério Público do Paraná noticiou o arquivamento do processo uma vez que o caso alcançou o prazo máximo previsto na lei e acabou prescrevendo.

Por Metro

 

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