Paciente renal crônico de Teresina perde transplante após ter passagens negadas

O paciente renal crônico José Ramos, de Teresina, perdeu um transplante de rim na cidade de Fortaleza (CE) neste sábado (09/11) por não ter condições de fazer a viagem e não receber nenhum apoio do poder público.

Segundo o professor Luiz, da Associações dos Pacientes Renais do Piauí, o caso gerou muita revolta, pois o homem está há muito tempo sem fazer hemodiálise e culpa a Secretaria Estadual de Saúde e o programa Tratamento Fora do Domicilio (TFD) por falta de assistência aos pacientes.

 
Professor Luiz, da Associações dos Pacientes Renais do Piauí
Professor Luiz, da Associações dos Pacientes Renais do Piauí 

“Ligaram para ele de Fortaleza e isso foi negado pelo TFD do Piauí. O estado do Piauí não faz transplante aqui, e não por falta de equipe, tem equipe boa, o problema é justamente as condições do Hospital Getúlio Vargas e também os insumos para o transplante que não tem. O Piauí nega aos pacientes renais, nega o TFD, nega o transplante e quando o paciente é chamado para fazer fora do estado, isso também é negado”, afirmou o professor Luiz.

“O rapaz recebeu a ligação do hospital de Fortaleza, para ele estar lá no mesmo dia, para fazer o transplante e desde 3h da manhã ele tentava falar com uma pessoas do TFD e não encontrou ninguém, depois de muita luta, conseguiu falar com a diretora do TFD e acreditou que estava tudo resolvido, mas não, a única coisa que ela disse para ele era que o paciente tinha que estar preparado para quando for chamado. Mas ele estava preparado, todos os exames dele estão ok, ele tinha um acompanhante para levar, mas não foi feito o transplante porque o TDF não comprou passagem. Ele disse que o paciente tinha que estar preparado, mas era pro paciente comprar a passagem, ou seja, o rapaz, que já está com muito tempo na hemodiálise, esperando o grande dia para a vida dele, isso não aconteceu por causa da incompetência, de uma administração que não tem planejamento. Uma equipe que já está há muito tempo e não tem planejamento, não se programa”, completou.

Nenhum paciente está viajando para fazer transplante, nenhum, quem viaja é porque é amiguinho de um ou de outro dentro do TFD, esse consegue, mas a grande população que não tem amizade, que vai pelas vias legais, não consegue, como este caso, que o transplante foi perdido, por incompetência de algumas pessoas”, concluiu o professor Luiz.

 

Fonte: 180graus

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