PT aprova federação com PCdoB e PV e valida Alckmin para vice de Lula

Se a união entre os partidos se concretizar, na prática, as legendas passam a funcionar como única sigla no Congresso

O diretório nacional do Partido dos Trabalhados (PT) deu aval nesta quarta-feira, 13, à criação de uma federação com o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e o Partido Verde (PV). Também hoje, o PCdoB fez o mesmo movimento, já o PV deve concluir o processo até o início de maio.

Depois da oficialização por todos os partidos, o processo ainda terá de ser validado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As federações são uma novidade nas eleições deste ano e são um “casamento” que deve durar no mínimo quatro anos.

Na mesma reunião, o diretório nacional petista aprovou o nome do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) como pré-candidato à vice-Presidência da República na chapa com o ex-presidente Lula. Na semana passada, o ex-tucano foi indicado pelo PSB para compor a aliança.

Mais de 90 membros do diretório nacional petista estiveram presentes na sessão virtual a portas fechadas e avaliaram a carta de indicação assinada pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. Lula não participou porque retornava de Brasília a São Paulo.

Federação

Se a federação for efetivada, na prática, os partidos passam a funcionar como uma única legenda no Congresso. O fundo partidário, o tempo de televisão, por exemplo, serão divididos. Nesta quarta, também foi aprovado o estatuto da federação. O documento define as diretrizes, deveres e direitos da união entre os partidos e também o espaço interno de cada legenda.

O estatuto tem um mecanismo que impede a maior legenda, no caso o PT, de tomar decisões sozinha na principal instância deliberativa da aliança, a Assembleia Geral, mas também confere uma espécie de poder de veto à principal sigla. Até agora, a aliança ainda não tem nome.

“Um fato pelo qual temos lutado há mais de duas décadas e que irá contribuir com a democracia e a unidade programática do sistema partidário no Brasil”, escreveu, nas redes sociais, a presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos.

Conforme a proposta de estatuto aprovada nesta quarta, a Assembleia Geral terá 60 representantes, sendo que o PT representará mais de 50% do grupo. Cada partido, diz o estatuto, terá três cadeiras. As outras 51 serão divididas com base nos votos obtidos por cada legenda na eleição para deputado federal em 2018. A configuração será mantida pelos próximos quatro anos.

Por Revista Oeste

 

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