Suspeito de mandar matar Dom e Bruno é solto depois de pagar fiança

Ambos desapareceram em 5 de junho

Rubens Vilar, um dos suspeitos de mandar matar o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, foi solto, na sexta-feira 21, depois de pagar uma fiança de R$ 15 mil. Em 6 de outubro, a Justiça Federal do Amazonas havia concedido liberdade a Vilar, mais conhecido como Colômbia.

Agora, o homem está em prisão domiciliar usando uma tornozeleira eletrônica. Além disso, está proibido de deixar a cidade de Manaus, no Amazonas, e entregou o passaporte para a Polícia Federal (PF). O Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão da Justiça, mas o juiz Fabiano Verli manteve a liberdade provisória de Colômbia.

Conforme a defesa do suspeito, era esperado que ele ficasse preso até a segunda-feira 24, quando Vilar passaria por uma audiência de custódia. O homem também responde a outro processo que investiga sua participação em uma organização que comete crimes ambientais.

Rubens Vilar, um dos suspeitos de mandar matar o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips | Foto: Reprodução

Na sexta-feira, logo após deixar a prisão, Colômbia foi conduzido ao Centro de Operações e Controle para instalar a tornozeleira eletrônica.

Em julho deste ano, ao prestar depoimento à polícia  sobre uma suposta participação nos assassinatos, o suspeito foi preso em flagrante por usar documentos falsos. Mesmo negando a própria participação no caso, a PF suspeita que Colômbia compra pescado ilegal de criminosos da região do Amazonas.

Além de Vilar, mais três homens são investigados pelas mortes de Dom e Bruno e estão presos:

O MPF entendeu que os três devem ser julgados por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Segundo o órgão, Oliveira e Lima confessaram o crime e a participação de Oseney foi mencionada por testemunhas.

O caso

Bruno Pereira e Dom Phillips foram vistos pela última vez em 5 de junho, na região do Vale do Javari. Trata-se de uma área marcada por conflitos relacionados ao tráfico de drogas, ao roubo de madeira e ao garimpo ilegal. Ambos faziam uma expedição na Amazônia.

A região do Vale do Javari é a segunda maior terra indígena do Brasil, equivalente ao território de Portugal, com pouco mais de 90 mil quilômetros quadrados. Vivem na região ao menos 10 mil indígenas.

Os restos mortais deles foram encontrados em 15 de junho. Os dois teriam sido mortos a tiros e os corpos foram, esquartejados, queimados e enterrados. Conforme um laudo da PF, Bruno levou três tiros, sendo um deles na cabeça. Já Dom, foi baleado uma vez no tórax. Depois de Oliveira confessar o envolvimento nos assassinados, a polícia encontrou os restos mortais.

Fonte: Revista Oeste

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