Zé Dirceu ataca arcabouço fiscal de Haddad e diz que isso vai na contramão do mundo

Ex-ministro da Casa Civil avalia que o Governo Lula não deveria discutir âncora fiscal e sim desenvolvimento econômico do País, como o papel dos bancos públicos e da Petrobras

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu acha que o novo arcabouço fiscal apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está na contramão de medidas que tem sido adotadas em países desenvolvidos, como Estados Unidos, Grã-Bretanha e Alemanha.

O petista fez a avaliação durante debate realizado pela revista CartaCapital nesta quarta-feira (5) em transmissão exclusiva para assinantes. A live também contou com a presença do filósofo Vladimir Safatle.

Para Dirceu, o Governo Lula não deveria discutir âncora fiscal e sim o desenvolvimento econômico do País, como o papel dos bancos públicos e da Petrobras. Ele mencionou, ainda, países desenvolvidos que têm oferecido subsídios e convivido com déficits trilionários na economia.

“Nós vamos fazer superávit na situação que o Brasil está vivendo?”, questionou. “É uma frustração tão grande ver toda a potencialidade que o Brasil tem e ver essa miséria econômica. Como tinha a miséria da filosofia, é a miséria da economia. Nós somos prisioneiros disso. Quando o mundo capitalista está fazendo uma política desenvolvimentista, aqui está proibido isso, é quase como se fosse uma heresia.”

Dirceu disse ainda que o presidente da República tem a tarefa de atuar como um comunicador que dispute a orientação política da população. Comentou também que o comportamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reforçou essa necessidade.

Para o petista, o bolsonarismo se desmobilizou após os desdobramentos dos ataques do 8 de Janeiro e o escândalo das joias sauditas, mas ainda está em vantagem sobre a esquerda.

“Não vamos nos iludir. Eles têm muita capacidade de mobilização. A barbárie bolsonarista vai continuar.”

Por Iara Vidal/Revista Fórum

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