Equipe médica diz que Jair Bolsonaro pode ter alta nos próximos dias

O quadro de saúde do presidente Jair Bolsonaro “continua evoluindo satisfatoriamente”.

“Há poucos meses passei por aí durante uma missão. Fui muito bem recebido, joguei sinuca, tomei um refrigerante, e ao retornar perguntei como poderíamos ajudar vocês. Alguém respondeu que faltava uma agência bancária. Imediatamente, conversei com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que tem um plano de expansão de agências pelo Brasil”, afirmou Bolsonaro, do leito hospitalar.

O presidente também lembrou que o banco estatal é o responsável pelos pagamentos do auxílio emergencial durante a pandemia de covid-19 e criticou governadores e prefeitos por terem adotado medidas de isolamento social e lockdown durante a crise sanitária. “Muitos governadores e prefeitos fecharam as cidades e os Estados, tirando o emprego e o ganha-pão de milhões de pessoas. O governo federal, juntamente com a Caixa e a equipe econômica, foi ao socorro da população”, completou o presidente.

Emocionado, em meio a lágrimas, Pedro Guimarães relatou ter ido a São Paulo nesta semana quando soube da internação de Bolsonaro por causa de uma obstrução intestinal. “Eu estou bem, graças a Deus. O problema que tive nesta semana foi ainda em função da facada que recebi em 2018, uma questão de aderência. De vez em quando trava o intestino e a gente dificilmente deixa de realizar uma cirurgia, mas desta vez não foi preciso. Estou louco para voltar a trabalhar, rever os amigos, voltar para o seio da família, botar o Brasil para andar”, respondeu Bolsonaro.

Também na manhã deste sábado, ele publicou em sua conta no Twitter um vídeo caminhando pelo corredor do hospital. Na imagem, o presidente está sem máscara – o que já tinha sido observado em outro vídeo – e acompanhando de um assistente. Junto do vídeo, Bolsonaro escreveu: “Seguimos progredindo. Bom dia a todos”.

Ontem, o presidente foi introduzido à alimentação líquida via oral após a retirada de uma sonda nasogástrica na noite de quinta-feira. Desde quinta-feira, 15, a equipe médica tem sinalizado que o quadro tem evoluído. Os documentos são assinados pelo médico Antônio Luiz Macedo e outros quatro profissionais que acompanham Bolsonaro.

Bolsonaro está internado desde a noite de quarta-feira, 14, após sentir fortes dores no abdômen. Segundo diagnóstico médico, ele sofreu uma obstrução no tubo digestivo por causa de dobra do intestino, o que impedia a passagem de alimentos. A sonda neogástrica, com isso, foi utilizada para levar alimentos e hidratação diretamente ao estômago.

Ao ser hospitalizado, Bolsonaro já apresentava crises de soluço há cerca de dez dias, o que estava relacionado com a obstrução no intestino. O presidente já passou por cirurgias na região do intestino desde 2018, quando sofreu um atentado a faca, o que aumenta a probabilidade do bloqueio.

Fotos

Na manhã de sexta-feira, Bolsonaro publicou uma foto em que aparece circulando pelo hospital e escreveu: “Em breve, de volta ao campo, se Deus quiser”, afirmou em agradecimento ao apoio que tem recebido. À tarde, postou outra imagem, com o celular em mãos e o seguinte texto: “Via internet, fazendo o possível para manter os compromissos. Despachando com os ministros.” À noite, ele recebeu a visita do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Postada pela primeira-dama Michelle Bolsonaro, uma outra foto que repercutiu nas redes sociais mostra Bolsonaro em pé, ao lado de uma mulher que está internada. O hospital Vila Nova Star informou que “caminhadas e circulação pelo corredor do andar costumam fazer parte da recuperação dos pacientes” e que, nesse caso, foi a paciente quem pediu para ser fotografada ao lado do presidente. Ainda segundo o hospital, todos os pacientes internados na unidade fazem teste para covid-19, o “que inclui o senhor presidente da República”.

 

Por Estadão Conteúdo

 

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