Governador pede suspeição de conselheiro em processo contra estado

O governo do Estado entrou com pedido de suspeição para afastar o conselheiro Luciano Nunes das ações de fiscalização de contas do estado. Segundo o governo, o conselheiro poderá agir com motivações políticas. 

O governo quer evitar que o conselheiro analise as prestações de contas do empréstimo do Finisa, no valor de R$ 315 milhões, feito pelo estado. O governador confirma o pedido e diz que agiu dentro da lei. 

“Fi como cidadão e gestorç. Fiz na forma que expressa o Tribunal de Contas. Cabe a corte analisar. Não existe irregularidades nos contratos. Nada que impeça tudo na legalidade. Não é fácil alguém como eu tomar essa decisão. Chegou a uma decisão sem alternativa”, disse o governador evitando maiores esclarecimentos. 

O conselheiro Luciano Nunes reagiu à decisão do governo do Estado que pede o afastamento dele de processos que analisam as contas do Estado. Segundo ele, o TCE não cria fatos, mas analisa a realidade. 

“Temos que analisar os aspectos técnicos. Quando vemos o voto do conselheiro temos que analisar baseado no que ele votou e porque votou. Meus votos são acompanhados de orientações que vem do tribunal, da procuradoria. O TCE não cria fatos, analisa fatos. Isso é uma coisa que precisa ser analisa. Isso não gera ressentimento. Se ele falasse que eu não estou cumprindo bem minha função me causaria desconforto. Nunca respondi um processo na minha vida”, afirmou. 

O ex-deputado do PSDB foi candidato a governador em 2018 e é hoje um dos principais críticos ao governador petista e falou do pedido contra o pai. 

Luciano Nunes Filho afirma que o governo age de forma intimidatória. “O governador mostra uma face intimidatória. Tenta intimidar técnicos do TCE. Ele não suporta críticas. A liberdade de expressão é o pilar da democracia. É uma questão interna do TCE, não tomei conhecimento. Não tive acesso. Deve ocorrer um processo de apuração. Avalio que não tem razão e sentido para isso.  A maior parte do Tribunal é de ex-políticos. Se fosse por isso todos teriam suspeição. O único sentido é de intimidar os órgãos de controle”, destacou.

Fonte: Cidadeverde

 

 

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