Taxa de analfabetismo cai no Piauí, mas ainda é a maior do país

A taxa de analfabetismo no Piauí, de pessoas de 15 anos ou mais de idade, caiu de 15% para 14,8%, entre os anos de 2019 (último ano de divulgação) e 2022, queda de 0,2 ponto percentual. Se considerarmos como referência o ano de 2016, quando a taxa de analfabetismo chegou a 16,1%, essa queda na taxa de analfabetismo foi ainda maior, sendo de 1,3 ponto percentual. Contudo, apesar da redução no analfabetismo no período, em 2022 o Piauí apresentou a maior taxa do país. No estado, em 2016, haviam cerca de 398 mil pessoas analfabetas e, em 2022, eram cerca de 383 mil, o que representa uma redução da ordem de 15 mil pessoas naquele período. Nessa pesquisa entende-se como analfabeta a pessoa que não sabe ler ou escrever um simples bilhete. Essas são informações apresentadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE.

No Brasil, em 2022, a taxa de analfabetismo atingiu 5,6%, o que representou uma redução de 0,5 ponto percentual em relação à taxa de 2019 (6,1%) e uma redução de 1,1 ponto percentual em relação à taxa de 2016 (6,7%). No país havia, em 2022, cerca de 9,5 milhões de brasileiros analfabetos. A taxa de analfabetismo do Piauí (14,8%) superava a do país, portanto, em cerca de 2,5 vezes. Dentre as unidades da federação, os menores percentuais de analfabetismo eram o do Distrito Federal, com 1,9%, e o do Rio de Janeiro, com 2,1%.

FOTO: IBGE

Maior percentual de analfabetos está na população idosa, masculina e de cor preta e parda

No Piauí, em 2022, a faixa etária com maior predomínio de analfabetos era aquela de 60 anos ou mais de idade, atingindo 40,4%. Em 2016 o analfabetismo nessa faixa chegou a 44,4%, registrando-se portanto em 2022 uma queda de 4 pontos percentuais, mas que ainda deixa o estado com a maior taxa de analfabetismo para aquela faixa etária no país. A taxa média brasileira para essa faixa de idade era de 16%, praticamente um terço da taxa observada para o estado do Piauí. O estado do Rio de Janeiro era o que tinha o menor percentual de idosos analfabetos, com 5,9%. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE.

Nota-se que, no Brasil como um todo, o analfabetismo está diretamente associado à idade. Quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos. Assim, em 2022, no Piauí, o analfabetismo para pessoas de 15 anos ou mais de idade era de 14,8%; para pessoas de 25 anos ou mais de idade era de 18,3%; para pessoas de 40 anos ou mais de idade era de 26,7% e para pessoas de 60 anos ou mais de idade era de 40,4%.

FOTO: IBGE

Por sexo, no Piauí, a taxa de analfabetismo entre a população de 15 anos ou mais de idade tinha uma prevalência maior entre o sexo masculino em 2022, com 16,2% dos homens piauienses, e com 13,5% das mulheres do estado. No Brasil, a taxa média de analfabetismo atingia 5,9% dos homens e 5,4% das mulheres.

Quanto à cor ou raça da população, o analfabetismo entre as pessoas de 15 anos ou mais de idade no Piauí, em 2022, tinha uma prevalência maior entre a população preta e parda, atingindo 15,9%, enquanto que entre a população branca atingia 10,8%. Em termos de Brasil, o analfabetismo entre a população preta e parda atingia 7,4% e entre a população branca cerca de 3,4%.

Piauí tem o segundo menor indicador de conclusão do ensino básico

O indicador de conclusão do ensino básico obrigatório, que vai até o ensino médio, apresentou um crescimento nos últimos anos no Piauí para a população de 25 anos ou mais de idade, tendo passado de 32,6% em 2016 para 40% em 2022, uma elevação de 7,4 pontos percentuais no período. Apesar desse crescimento, o Piauí detém o segundo menor indicador do país, superando apenas o estado da Paraíba, com um indicador de 39,6%. Essas são informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE.

Em 2016, no Brasil, cerca de 46,2% da população tinha concluído o ensino médio, tendo evoluído para 53,2% da população em 2022, um crescimento de 7 pontos percentuais no período. O indicador do Piauí, em 2022, é, portanto, inferior à média brasileira em 13,2 pontos percentuais. A unidade da federação com o maior indicador da população com o ensino médio concluído é o Distrito Federal, com 71,3%, seguido do Rio de Janeiro, com 63,1%. Na região Nordeste, o estado com o melhor indicador é Pernambuco, com 46,5%.

FOTO: IBGE

Quase um quarto da população de 15 a 29 anos não trabalha ou frequenta escola no Piauí

No Piauí, em 2022, cerca de 24,4% da população jovem de 15 a 29 anos encontrava-se sem ocupação em alguma atividade no mercado de trabalho, bem como também não frequentava escola ou algum curso de qualificação profissional. Para o Brasil esse indicador era de 20% da população.

Contudo, a maior parte dos jovens piauienses de 15 a 29 anos, cerca de 33,1%, encontrava-se ocupada no mercado de trabalho sem, entrentanto, frequentar mais à escola ou qualificar-se profissionalmente. Para o Brasil esse indicador era ainda maior, de cerca de 39,1%.

FOTO: IBGE

     No tocante à questão das pessoas que deixaram de estudar ou nunca frequentaram escola, em termos de Brasil, os principais motivos apontados na pesquisa foram: necessidade de trabalhar (40,2%); não tinha interesse em estudar (24,7%); outros motivos (14,5%); por gravidez (9,2%); tinha de realizar atividades domésticas ou cuidar de pessoas (4,6%); problemas de saúde permanente (3,6%); e não tinha escola na localidade, vaga ou turno desejado (3,2%).

Fonte: 180graus

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