Preso ex-policial civil acusado de participar da morte do jornalista Donizetti Adalto em Teresina
Ele foi preso por tráfico de drogas. Segundo a Polícia Civil do Piauí, foi encontrado na residência do suspeito crack e dinheiro trocado.
O ex-policial civil João Evangelista de Meneses, acusado de participar da morte do jornalista Donizetti Adalto, foi preso, nesta sexta-feira (10), suspeito de traficar drogas. Segundo a Polícia Civil do Piauí (PC-PI), o homem também é conhecido como “Pezão”.
Segundo o delegado Samuel Silveira, Pezão e a companheira estavam vendendo drogas na própria residência. Foram apreendidos crack e dinheiro trocado.
A prisão foi realizada por meio da 3ª Delegacia Seccional de Teresina, com apoio do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), Delegacia de União e 11ª Delegacia Policial.
A polícia informou que João Evangelista foi preso em casa na região da Santa Maria da Codipi.
Morte de Donizetti Adalto
O jornalista paraense Donizetti Adalto foi espancado e assassinado a tiros na madrugada do dia 19 de setembro de 1998, na Avenida Marechal Castelo Branco, no bairro Primavera, em Teresina.
Na época ele era candidato a deputado federal pelo PPS. O ex-vereador Djalma Filho estava no carro com a vítima e, conforme denúncia do Ministério Público, teria sido o mandante do crime.
Conforme relatos dos acusados e de outras testemunhas no processo, Djalma teria conduzido o veículo com Donizetti no banco do passageiro, dando ordem para que Sérgio Ricardo do Nascimento Silva, em uma Kombi usada em campanha política, seguisse o carro. Assim também, outro carro deveria acompanhá-los para que Djalma pudesse fugir após o crime.
Em um determinado momento, conforme o processo, a Kombi interceptou o veículo onde estava Donizetti e dois homens desceram do veículo, que seriam Sérgio Ricardo do Nascimento e João Evangelista de Meneses, o Pezão. Dois tiros foram disparados por eles e o jornalista morreu no local. Um deles teria dado ainda coronhadas em Donizetti, para confirmar se estava morto.
Jornalista Donizetti Adalto foi morto em setembro de 1998 — Foto: Reprodução/Youtube
Além da acusação que havia contra Djalma Filho, ainda permanecem acusados de envolvimento no crime os motoristas Sérgio Ricardo do Nascimento Silva, Fabrício de Jesus Costa Lima e os policiais civis João Evangelista de Meneses e Ricardo Luís Alvez de Sousa são acusados de participar e presenciar o crime.
O ex-vereador e advogado Djalma Filho, de 63 anos, foi absolvido, pelo Tribunal Popular do Júri, da acusação de ser o mandante do assassinato do jornalista em abril de 2022. Já o ex-policial João Evangelista, chegou a ser preso, mas foi posto em liberdade.
Fonte: g1 PI
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